terça-feira, 28 de junho de 2011

Nome Restrito = Cidadão Excluído

Nos Telejornais só ouvimos falar do crescimento econômico, crescimento do consumo, taxa de inadimplência, estratégias p/ conter a inflação e todo esse papo chato que a maioria não entende e nem faz questão de entender.
Trocando em miúdos tudo isso quer dizer que: o comércio está mais "flexível" em oferecer crédito p/ trabalhadores de baixa renda. Claro que tudo tem um preço, e caro! P/ compensar as prestações baixas estão escondidos os juros e os prazos longos que dobram o valor final do produto. Mas existe escolha p/ esses consumidores? Não! E o que acontece? Acabam comprometendo 80% do seu salário com carnês, prestações e cartões de crédito!
O que nunca é dito é o que acontece com esse cidadão quando ele fica desempregado e ainda tem 10 prestações da TV de 32', ou da geladeira, ou da máquina de lavar p/ pagar!
Porque ficar desempregado é coisa que ninguém espera e menos ainda prevê! Então todo mundo compra, a prazo, contando com o salário que irá receber no final do mês.
Qual a saída? Pegar um empréstimo ou usar o cheque especial, enfim usar todos os recursos de crédito possíveis que ainda possue afim de se livrar daquela dívida até arrumar um outro trabalho... só que arrumar um outro trabalho é mais difícil do que conseguir um empréstimo no valor 10 vezes maior que pode pagar.
E a dívida acaba virando uma bola de neve e lá se vai o único bem que o pobre possue: O NOME LIMPO!
E, por incrível que pareça, NOME SUJO = CONTINUAR DESEMPREGADO! Deve está se perguntando: "ué, ela ficou doida? O que um coisa tem com a outra?" Respondo: Não estou louca, tem tudo e mais um pouco!
As empresas não estão contratando pessoas com restrição no SPC e Serasa e elas não querem nem saber se o "cara" é o perfil da empresa, se pode ser um bom funcionário e se o que mais quer é começar logo a trabalhar p/ limpar o nome!
Nada disso importa! Tem restrição não é contratado! E aí como fica? Vira refém das cooperativas e prestadoras de serviço que terceirizam mão de obra p/ essas empresas com um salário bem inferior e com limitação dos benefícios ou sem benefícios.
O Ministério do Trabalho proibiu essa prática, mas como o Brasil é o País do "jeitinho" é claro que a empresa não diz que não está te aceitando naquela vaga por ter restrição e sim por você "não se enquadrar no perfil da empresa". O texto é repetitivo e apenas camufla uma prática ilegal que não tem como provar que existe, mas que existe, existe! Porque será que as empresas precisam do número do seu CPF no preenchimento da ficha antes mesmo da entrevista? Para verificar se tem restrição, e na maioria das vezes usam um CNPJ comercial, de uma empresa qualquer p/ fazer a consulta sem serem descobertas.

E assim não fica comprovada a DISCRIMINAÇÃO o cidadão "excluído" não poderá entrar com qualquer ação de danos morais ou outra ação qualquer.

O que as Empresas poderiam fazer é usar o tempo de experiência como prazo p/ que seu novo funcionário negociasse ou quitasse suas dívidas, assim "limpando o nome", mas a empresa não se importa com isso.
Ficamos aqui, torcendo p/ que um dia isso mude, que as empresas sejam mais humanas e o Governo mais enérgico, e claro, estamos comprando menos e se possível a vista, por que o dia de amanhã ninguém sabe!!!
Um grande beijo e até a próxima...